Como a Inteligência Emocional poderia evitar a tragédia do caso Ana Hickmann

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mulher assediada por psicopata
Pessoas com psicopatia tratam as pessoas e os sentimentos como objetos descartáveis.

Em 21 de maio de 2016, a apresentadora Ana Hickmann foi alvo de uma tentativa de homicídio. Na ocasião, o quarto do hotel em que a artista estava hospedada foi invadido por Rodrigo Augusto Pádua, que estava armado e acabou sendo morto a tiros pelo empresário de Ana. Nas redes sociais, Pádua ostentava perfis em homenagem à sua musa.

Embora as investigações ainda estejam em andamento, especialistas concordam que o homem sofria de algum transtorno psicótico. Sem o conhecimento do histórico do rapaz se torna difícil fazer um diagnostico assertivo, mas os sintomas indicam que o homem estava em um surto psicótico acompanhado de pensamentos delirantes e distorcidos.

Como a Inteligência Emocional entende o caso

Para Rodrigo Fonseca, especialista em Inteligência Emocional e Presidente da Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional (SBie), é muito provável que o rapaz sofresse de algum transtorno psicótico como esquizofrenia, bipolaridade, obsessão ou erotomania — capazes de provocar delírios que levam a pessoa a apresentar comportamentos extremistas e que desconsideram as emoções humanas.

De acordo com entrevista dada por Ana Hickmann após o atentado, enquanto a ameaçava, o homem dizia que a apresentadora tinha correspondido ao amor dele durante muito tempo. De acordo com psiquiatras, pessoas delirantes costumam enxergar sinais irreais para confirmar sua versão dos fatos.

“Todas as pessoas projetam suas carências e necessidades interiores no outro e, normalmente, essas projeções acontecem com as pessoas mais próximas: nas relações com os parceiros, chefes e amigos. É nessas pessoas que buscamos suprir nossos vazios provocados por interpretações de rejeição que criamos ainda na vida intrauterina. É um mecanismo natural do psiquismo e das relações humanas que, quando conscientes, não provocam nenhum dano”, explica Fonseca.

No perfil que Rodrigo Pádua mantinha no Instagram, ele demonstrava ser obsessivo por Ana Hickmann: são diversas fotografias da modelo com mensagens de cunho pornográfico e erótico, insistindo que a apresentadora estava em seus pensamentos e dando a entender que havia uma correspondência entre os dois.

Nesse caso, a projeção da carência somada a um transtorno psicótico se manifestou por meio de uma atitude obsessiva, em que o suspeito idealizou um relacionamento para complementar sua vida e passou a exigir uma resposta adequada por parte do alvo da sua obsessão. Ao nutrir sentimentos que não são correspondidos, surge a frustração — que pode facilmente se transformar em raiva e violência.

O vazio emocional da psicopatia

Pessoas com características de psicopatia apresentam atividade cerebral reduzida nas estruturas relacionadas às emoções, além de maior atividade nas regiões da cognição (capacidade de racionalizar). Por isso, psicopatas são muito mais racionais do que emocionais e tendem a tratar as pessoas e os sentimentos como objetos que podem ser descartados a qualquer momento.

Por não sentirem emoções, os psicopatas sentem prazer ao ver o sofrimento dos outros e geralmente encontram satisfação na tortura física, psicológica e emocional de suas vítimas. Psicopatas não sentem culpa, vergonha ou remorso, pois não acreditam que podem errar e não têm medo de uma possível punição por seus atos.

Como a Inteligência Emocional poderia ter evitado a tragédia

O bloqueio emocional é um mecanismo de defesa do inconsciente, que oculta memórias de dor para proteger o indivíduo de passar pelo mesmo sofrimento. Por serem inconscientes, os bloqueios emocionais não costumam ter a atenção que merecem.

No caso Ana Hickmann, o suspeito possivelmente passou toda a sua vida sem ter consciência dos seus vazios emocionais — que acabaram se manifestando com um desfecho trágico.

Caso Rodrigo Pádua tivesse tratado suas emoções e bloqueios, provavelmente teria desbloqueado as emoções reprimidas que impedem uma possível manifestação física ou psicótica. Ainda que sejam inconscientes, todas as pessoas carregam algum bloqueio emocional, por isso é fundamental cuidar das emoções.

Você tem cuidado das suas emoções?

Lidar e cuidar das emoções não é uma coisa que aprendemos na escola, faculdade ou em qualquer outro lugar. Como consequência, a maioria das pessoas vive de forma inconsciente, tornando-se refém de suas histórias de vida e vivendo de acordo com seus padrões limitantes.

Muitas vezes machucamos as pessoas que mais amamos por causa de padrões de comportamentos limitados que foram aprendidos algum dia e até hoje refletem na forma de agir, pensar e ser.

Você sabe como surgem os seus comportamentos? Já refletiu sobre a qualidade dos seus pensamentos? Sabe a origem dos seus padrões limitantes? Você sabe qual impacto as experiências de infância têm na sua vida? E se você pudesse fazer um check-up das suas emoções, quanto você tem consciência sobre você mesmo?

Se você quer cuidar das suas emoções e aprender como usá-las para impulsionar seu crescimento e desenvolvimento, conheça o Método LOTUS — um treinamento focado nas emoções humanas, que possibilita um mergulho interior e traz consciência para a sua vida.

© Depositphotos.com / aetb

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