Pesquisas revelam que mais de 70% das pessoas já traíram pelo menos uma vez na vida. Por mais que este seja um ato geralmente associado à falta de caráter, ele raramente surge da vontade de prejudicar o outro: a traição está mais associada às necessidades internas que acabam sendo supridas de forma distorcida.
A traição está associada a padrões de comportamentos que foram aprendidos ou criados como formas de proteção. Enquanto as questões emocionais associadas à traição não foram resolvidas, os padrões de infidelidade se repetirão mesmo com pessoas diferentes. Ao contrário do que muitas pessoas dizem, os motivos que levam a uma traição importam bastante, pois são justamente eles que vão ajudar a fazer uma avaliação sobre o que será feito daquele momento em diante.
Tipos de traição
Segundo o psicólogo John Gottman, especialista em relacionamentos, existem outros dez tipos de infidelidade além da traição física. São eles:
- Comprometimento condicional: o indivíduo não está inteiro na relação, e flerta com outras pessoas mesmo estando comprometido;
- Intimidade sem sexo: o indivíduo mantém uma relação íntima com uma terceira pessoa, com quem troca confidências sem que o parceiro saiba;
- Mentira: cansado de discutir, o indivíduo passa a mentir sobre coisas banais;
- Aliança contra o parceiro: o indivíduo se une regularmente a uma terceira pessoa para falar mal e criticar o parceiro;
- Ausência e frieza: o parceiro não detecta as necessidades emocionais do outro e não se esforça para aprender ou reaprender;
- Perda de interesse sexual: o indivíduo perde a atração pelo outro e não faz nada para reavivar seu interesse;
- Desrespeito: o indivíduo não se preocupa em ser gentil e amoroso com o parceiro, e a grosseria e a indiferença se tornam parte da rotina;
- Egoísmo: o indivíduo dá atenção apenas às próprias necessidades;
- Injustiça: as decisões deixam de ser tomadas em comum acordo, e uma das partes impõe regularmente sua vontade;
- Rompimento de promessas: o casal faz um pacto e um deles quebra o acordo sem consultar o outro.
Por que as pessoas traem?
- Necessidade de autoafirmação associada à insegurança, ao medo e à baixa autoestima: algumas pessoas precisam provar para elas mesmas que são importantes, desejadas e amadas, encontrando na traição uma forma de fazer isso;
- Pessoas que cresceram em um ambiente familiar com muitas mentiras e traições tendem a repetir esse padrão de comportamento como se fosse natural;
- Enquanto as mulheres se magoam diante dos problemas comuns de um relacionamento, os homens buscam por recompensa imediata — e a traição é justamente uma forma de conseguir isso;
- Falta de coragem para terminar a relação;
- Ausência de afeto na infância: por não saber como lidar com as relações e com o amor, a traição acaba sendo uma das formas de a pessoa se proteger daquilo que não aprendeu a sustentar;
- Medo de assumir responsabilidades: um casamento exige maturidade, compromisso e responsabilidade. Pessoas que foram muito mimadas e superprotegidas não aprenderam a seguir regras e lidar com problemas, podendo se apavorar diante de responsabilidades. Algumas pessoas traem simplesmente para criar uma situação desconfortável que acabe com a relação e permita que ela fuja da responsabilidade;
- Busca por liberdade;
- Necessidade instintiva e insaciável do sexo e do novo.
Como superar uma traição
Superar uma traição exige muito mais do que apenas deixar o orgulho de lado e perdoar: é necessário saber olhar para o ser humano, enxergar o que existe por trás de seus comportamentos, entender que você tem o papel de ajudar o outro a evoluir, se libertar de suas dores emocionais e das histórias que trazem dor.
Se você se identificou ou identificou no seu parceiro alguma das situações acima, não deixe de procurar a ajuda de um profissional, pois esses processos são inconscientes e necessitam de mudança. Conheça o Método LOTUS e mude completamente sua vida.
