O excesso esconde uma falta: entenda a causa emocional por trás da compulsão e do exagero
Vivemos em uma sociedade que valoriza o ter mais, fazer mais e ser mais. Mas, muitas vezes, o excesso — seja de comida, compras, trabalho ou até relacionamentos — não é sinônimo de abundância. Pelo contrário: ele pode ser um sintoma de falta.
A psicologia explica que a compulsão e o exagero geralmente não são apenas comportamentos descontrolados, mas respostas emocionais a vazios internos.
Por trás do impulso de “ter demais” pode estar a dificuldade de lidar com emoções como medo, tristeza, solidão ou rejeição.
Neste artigo, vamos explorar as causas emocionais por trás da compulsão, o que a ciência já sabe sobre esse fenômeno e como a inteligência emocional pode ajudar a transformar exagero em equilíbrio.
O que a ciência diz sobre compulsão e exagero
Segundo a American Psychiatric Association (APA), comportamentos compulsivos estão ligados a um desequilíbrio emocional e neuroquímico, especialmente em áreas do cérebro relacionadas ao prazer e à recompensa, como o sistema dopaminérgico.
Um estudo publicado no Journal of Behavioral Addictions (2022) mostra que pessoas que recorrem ao exagero (em comida, álcool, redes sociais ou trabalho) frequentemente estão tentando regular emoções negativas. Em outras palavras, o excesso surge como uma forma de anestesia emocional — um alívio momentâneo para uma dor interna não resolvida.
O excesso como máscara da falta
É comum acreditar que a compulsão é apenas uma questão de força de vontade. Mas, do ponto de vista emocional, ela revela uma lógica diferente:
- Excesso de comida → pode esconder carência de afeto ou dificuldade em lidar com a ansiedade.
- Excesso de compras → muitas vezes está ligado à busca de validação e pertencimento.
- Excesso de trabalho (workaholismo) → pode ser uma tentativa de fugir de sentimentos de inadequação ou baixa autoestima.
- Excesso em relacionamentos → pode indicar medo da rejeição ou da solidão.
Rodrigo Fonseca, mentor em inteligência emocional e fundador da SBIE, resume bem esse processo:
“Todo excesso revela uma falta. O que chamamos de compulsão é apenas a ponta visível de uma necessidade emocional que não foi reconhecida e curada.”
Inteligência emocional: a chave para enxergar além do excesso
A compulsão só pode ser superada quando entendemos o que realmente estamos buscando no excesso.
Aqui entra o papel da inteligência emocional, que envolve:
- Autoconsciência → perceber as emoções que antecedem o comportamento compulsivo.
- Gerenciamento das emoções → aprender a lidar com ansiedade, tristeza ou frustração sem recorrer ao exagero.
- Foco → direcionar a energia para hábitos construtivos, e não para compensações momentâneas.
- Autorresponsabilidade → assumir que mudar é possível e que a solução está dentro de si, não fora.
- Ação → implementar práticas reais de mudança, como exercícios de respiração, apoio terapêutico ou participação em treinamentos de desenvolvimento humano.
Como transformar excesso em equilíbrio: passos práticos
- Observe seus gatilhos: em quais momentos você sente vontade de exagerar? Após críticas? No fim do dia estressante?
- Dê nome às emoções: em vez de comer ou comprar, pergunte-se: “O que estou sentindo agora?”
- Substitua padrões: pratique uma caminhada, escreva num diário ou ligue para alguém de confiança quando a compulsão aparecer.
- Procure apoio: terapia, grupos de suporte e treinamentos de inteligência emocional ajudam a quebrar ciclos repetitivos.
Conclusão: o excesso não é o problema, é o sinal
Se você se identifica com a compulsão ou o exagero, saiba: não se trata de fraqueza. Trata-se de um pedido de atenção da sua vida emocional.
Por trás do excesso existe uma falta — e quando você aprende a reconhecê-la, abre espaço para viver com mais equilíbrio, saúde e propósito.
A boa notícia é que isso pode ser aprendido. Treinamentos como o Lotus Inteligência Emocional, da Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional (SBIE), já transformaram a vida de milhares de pessoas, ajudando-as a curar suas raízes emocionais e encontrar força no lugar certo: dentro de si mesmas.
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