Cuidado: você pode estar carregando emoções que nem são suas
Você já se sentiu sobrecarregado emocionalmente sem motivo claro? Como se estivesse tudo bem com a sua vida, mas por dentro algo pesasse — um cansaço, uma angústia, uma raiva que nem parece sua?
Talvez seja porque não seja mesmo.
Carregar emoções que não são nossas é mais comum do que parece. E, se não aprendemos a identificar e separar o que é nosso do que é do outro, acabamos vivendo presos a um peso invisível — que drena nossa energia, afeta nossos relacionamentos e até sabota nossas decisões.
Neste artigo, você vai entender:
- o que são emoções internalizadas do outro,
- como identificar quando isso está acontecendo com você,
- e o que fazer para se libertar desse ciclo.
O que significa carregar emoções que não são suas?
É quando você absorve o estado emocional de outra pessoa — de forma inconsciente — como se fosse seu. Isso acontece muito em pessoas empáticas, sensíveis ou que foram ensinadas desde cedo a agradar, cuidar e “dar conta” de tudo.
Por exemplo:
- Você passa tempo com alguém muito ansioso e, depois, percebe que está com o coração acelerado — mesmo sem motivo real.
- Alguém próximo está irritado e, ao tentar apaziguar, você sai da conversa se sentindo culpado ou tenso.
- Um parente está sempre triste e, sem perceber, você assume o papel de “resolver” a dor dele — enquanto a sua vai sendo engolida.
Como saber se você está absorvendo o que é do outro?
Alguns sinais de que você pode estar carregando emoções alheias:
- Sensação constante de peso emocional, mesmo sem eventos concretos na sua vida.
- Dificuldade de distinguir o que você sente do que os outros sentem.
- Forte necessidade de ajudar, resolver ou consertar os problemas dos outros — mesmo às custas de si.
- Exaustão após encontros sociais ou familiares.
- Culpa ou vergonha sem motivo claro.
Por que isso acontece?
Muitas vezes, esse comportamento vem de padrões emocionais aprendidos na infância. Crianças que cresceram em ambientes instáveis tendem a se tornar “hipervigilantes”, ou seja, passam a monitorar o ambiente emocional para se proteger.
Com o tempo, esse padrão se torna automático: você “sente” pelo outro antes mesmo de sentir por si.
Como se libertar desse ciclo?
- Nomeie o que você está sentindo
Pergunte-se: Isso é meu ou de outra pessoa? Só o ato de refletir já traz clareza. - Pratique o aterramento emocional
Respire fundo. Conecte-se ao seu corpo. Isso ajuda a voltar para o presente e se separar da emoção do outro. - Estabeleça limites claros
Você pode apoiar sem absorver. Ajudar sem se anular. Sentir empatia sem carregar a dor como se fosse sua. - Permita-se não salvar todo mundo
Você não é responsável pela cura de ninguém. Sua responsabilidade é com a sua própria paz.
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Conclusão
Você não precisa carregar o que não é seu.
A verdadeira maturidade emocional começa quando aprendemos a sentir, nomear e devolver o que pertence ao outro — com respeito, mas com firmeza.
Você merece viver leve.
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