Existem muitos fatores que levam uma pessoa a desenvolver dependência química: desequilíbrio emocional, baixa autoestima, necessidade de ser aceito, insegurança e influências externas. Aspetos da infância também podem interferir no desenvolvimento de vícios, são eles:
- Pessoas que tiveram pais ausentes, que eram compensados com presentes e cresceram com a ideia de que coisas externas são capazes de suprir o vazio emocional;
- Pessoas cujos pais eram usuários de drogas ou álcool;
- Falta de limites durante a infância, o que causa dificuldade para lidar com frustrações, fazendo com que o indivíduo busque prazer a qualquer custo;
- Crianças que foram rejeitas podem desenvolver vícios para se sentirem aceitas;
- Pessoas que não conseguem lidar com suas emoções e encontram nas drogas uma maneira de fugir do seu mundo interior.
A medicina e a ciência têm falado cada vez mais sobre como as experiências intrauterinas impactam diretamente na personalidade das pessoas. Se, durante a gestação ou nos primeiros anos de vida, a pessoa interpretou que estava sendo rejeitada ou que não era amada, ela pode crescer com dificuldade de cultivar o amor próprio e de amar a vida de maneira geral.
Filhos não desejados, tentativas de aborto, mães com quadro depressivo durante ou depois da gestação, sofrimento fetal, rejeição, falta de amor, maus tratos e traumas de infância são algumas situações que podem desencadear comportamentos autodestrutivos durante a vida adulta, como o uso de drogas.
Quando alguma dessas coisas acontece, o bebê começa a sentir e registrar esses sentimentos e emoções como se fossem dele. Além disso, ele registra sentimento de culpa, falta de merecimento e pulsão de morte, crescendo com a ideia de que não merece viver. Essas interpretações ficam armazenadas no inconsciente da pessoa, e podem se manifestar em qualquer momento da vida, especialmente após sofrer algum trauma.
Palavras de incentivo: como ajudar alguém na luta contra as drogas
É muito difícil que um dependente químico perceba seu vício e assuma que precisa de ajuda. A pessoa até pode ter consciência de que seu comportamento é prejudicial para sua vida, mas assumir que se tornou dependente é uma tarefa muito mais difícil. Por esse motivo, é fundamental que familiares e amigos digam palavras de incentivo e façam o possível para apoiar o viciado.
O primeiro passo para ajudar um usuário de drogas é fazer com que ele se conscientize sobre a doença. Confira cinco dicas para lidar com o problema:
Controle seu comportamento
Para ajudar alguém dependente de drogas que faz parte do seu convívio, é importante educar a si mesmo e controlar o comportamento ao se relacionar com o viciado. Por mais difícil que seja, é importante controlar a irritação e o desapontamento com a pessoa, preferindo palavras e atitudes de incentivo em vez de brigas e discussões.
Procure ajuda especializada
Procurar um grupo de apoio especializado é muito importante para que a pessoa viciada encontre pessoas que podem ouvir o problema e aconselhar o viciado sobre a melhor maneira de lidar com o problema.
Estabeleça limites
O convívio com um usuário de drogas pode ser muito difícil, uma que a pessoa geralmente perde os parâmetros de como conviver em sociedade. Escolher não estar por perto quando a pessoa estiver sob os efeitos das drogas é um exemplo de como se manter equilibrada e mostrar para a pessoa que seus atos sempre terão consequências.
Converse
Invista em abordagens que deixem claro que, caso o dependente queira se tratar, sempre haverá ajuda disponível.
Demonstre confiança
Quando o dependente químico sente que pode confiar na família e nos amigos para lutar contra seu vício sem ser julgado, terá uma motivação maior para enfrentar o problema.
O que não fazer ao lidar com um viciado
- Não encubra os erros do viciado e não tente salvá-lo das consequências de seus atos;
- Não faça coisas que ele pode fazer por si próprio;
- Não ajude financeiramente;
- Abandone a culpa.
Como a Inteligência Emocional pode ajudar no tratamento de vícios
Pessoas sem Inteligência Emocional são levadas pelo impulso do vício e não conseguem perceber que sentimentos como ansiedade, raiva, solidão e carência criam formas inconscientes de extravasar. As drogas cumprem o papel de suprir necessidade emocionais.
Enfrentar e interagir com as próprias emoções é fundamental para aprender a controlar a dependência das drogas. Se você quiser se aprofundar no conhecimento de suas emoções, desenvolva sua Inteligência Emocional com o Método LÓTUS, um treinamento que propõe o entendimento dos problemas que levaram ao desenvolvimento dos vícios e dos desequilíbrios emocionais.