Como a “Síndrome de Pipoqueiro” está acabando com o nosso futebol (e com nossas empresas)

Inscreva-se para receber nossa newsletter

Blog e Notícias

A derrota frente aos alemães, naquele fatídico 8 de julho de 2014, ainda faz sofrer, no fundo da alma, qualquer brasileiro. Foi uma humilhação nacional que nada, absolutamente nada, pode curar. O tempo parece que não passou. Parece que foi ontem, e não há oito anos, que, impiedosamente, a esquadra germânica arrancou de nós a chance do hexacampeonato como quem arranca um dente sem anestesia.

O futebol era uma das poucas coisas pelas quais o brasileiro podia ter orgulho. E com razão. Os jogadores brasileiros eram- e ainda são – os mais talentosos do mundo. E o mesmíssimo pode se dizer do povo brasileiro em geral; povo criativo, persistente, solidário, hospitaleiro, enfim, um povo cheio das melhores qualidades.

A verdade é a seguinte: qualquer brasileiro, quando se liberta de suas limitações e consegue colocar em prática todo o seu potencial, é algo único em matéria de criatividade, de improvisação, de invenção. Em suma: temos dons para dar e vender. E só uma coisa nos atrapalha e, por vezes, invalida as nossas qualidades. Estou me referindo ao que poderíamos chamar de “síndrome de pipoqueiro”. Se você está familiarizado com o linguajar futebolístico, já deve imaginar do que se trata.

Mas se você é daqueles que só toma conhecimento da existência do futebol de quatro em quatro anos, por ocasião da Copa do Mundo, então, calma. Eu explico.

Pipoqueiro é uma forma fanfarrona dos torcedores de se referirem aos jogadores emocionalmente despreparados. Jogadores que normalmente têm um alto rendimento, resolvem várias partidas, são decisivos, fazem muitos gols. Mas quando chega a hora da verdade, uma final de campeonato, por exemplo, o jogador parece se esquecer de como jogar futebol, e simplesmente, “some” do jogo.

Ou seja: tecnicamente são extremamente competentes, são verdadeiros craques, mas emocionalmente, são uns pernas-de-pau. E por isso não conseguem transformar todas essa qualidade em resultados.

Do mesmo modo, por exemplo, em uma empresa; de nada adianta você ter funcionários extremamente qualificados e competentes tecnicamente falando, se emocionalmente, são pessoas imaturas. Pessoas que quando é chegada a hora da verdade não conseguem aguentar a pressão.

E na Copa do Mundo de 2014 foi exatamente isto que aconteceu. Os nossos jogadores eram reconhecidamente os melhores do mundo, verdadeiras estrelas nos maiores clubes de futebol da europa, disputando – e ganhando – muitos títulos no velho continente. Mas quando chegaram aqui para disputar o mundial, era claro para todos, que nossos jogadores estavam emocionalmente muito fragilizados.

A partida contra o Chile pelas oitavas-de-final, foi uma partida sofrida. Sofremos para arrancar o empate do nosso vizinho sul-americano. E a partida foi para os pênaltis. Ganhamos, e nos classificamos, mas a reação dos jogadores foi marcante. Todos começaram a chorar compulsivamente, e via-se que não era um choro de alegria, não! Era um choro de alívio, de quem estava prestes a cair em um precipício mas que no último momento conseguiu se salvar.

O destino da seleção já estava selado. E o massacre de 8 de julho, já se desenhava no horizonte.

Perdemos. Mas não perdemos para a Alemanha, não. Perdemos para nós mesmos, e nossa própria falta de maturidade emocional. O fato é que o desenvolvimento emocional sempre foi solenemente ignorado pelos dirigentes do futebol – e do esporte em geral – brasileiro. Algo que, felizmente, parece que está começando a mudar.

Há sim, uma luz no fim do túnel. E ela vem do Parque São Jorge…

O elenco de futsal do Sport Clube Corinthians Paulista, iniciou, no dia 16 de Fevereiro, um treinamento de desenvolvimento emocional de todos os membros da equipe profissional, comissão técnica incluída. O trabalho está sendo realizado pelo mentor Rodrigo Fonseca, presidente da Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional (Sbie) e profissional com mais de 24 anos de experiência na área.

“Para mim é uma novidade e um diferencial não só para o Corinthians, não só para o futsal, mas para todo o esporte brasileiro. É o primeiro time que abriu as portas para olhar o ser humano por trás do jogador. Então imagino um ser humano mais feliz, mais realizado, mais conhecedor das suas potencialidades e fraquezas”, disse Fonseca.

O massacre que a seleção brasileira sofreu contra a Alemanha teve a sua utilidade. E que isso seja apenas o começo. O começo de um grande despertar em todo o nosso país, para a importância da Inteligência Emocional, não só no esporte, mas em nossas empresas, nossas famílias, e em todos os setores da sociedade humana.

Ou talvez você prefira esperar tomar de 7 a 1 – se é que já não está tomando – para compreender a importância da Inteligência Emocional na sua vida.

Posts Relacionados

A maternidade é uma jornada transformadora que traz consigo uma

Leia Mais ►

Os bloqueios emocionais são barreiras que nos impedem de expressar

Leia Mais ►

Treinamentos Sbie

DESENVOLVA A
CAPACIDADE QUE PESSOAS REALMENTE FELIZES E QUE VERDADEIRAMENTE LIDERAM SUAS VIDAs POSSUEM.
A HABILIDADE INDISPENSÁVEL PARA TODO PROFISSIONAL
QUE TRABALHA COM DESENVOLVIMENTO HUMANO.

Inscreva-se para receber nossa newsletter