13 Reasons Why: precisamos apoiar os jovens

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© Depositphotos / Marcella Jalbert Lançada no final de março de 2017 na plataforma Netflix, a série 13 Reasons Why vem se destacando entre especialistas e o público em geral.

ATENÇÃO: CONTÉM SPOILERS

Muito mais do que suícidio, a série “13 Reasons Why” – original da Netflix, com suas duas temporadas disponíveis na plataforma – trata de assuntos extremamente importantes da vida cotidiana durante a adolescência. A mensagem principal que a série passa é que: precisamos apoiar nossos jovens.

Ao longo da primeira temporada, a protagonista Hannah Baker, uma adolescente que acabara de entrar em um colégio novo, explica por meio de fitas cassetes deixadas à seus colegas os 13 motivos que a levaram a tirar a própria vida.

Suicídio, depressão, estupro, vício em drogas, bullying, difamação e alcoolismo são alguns dos muitos assuntos complicados de serem retratados na televisão, principalmente quando se trata de uma área do entretenimento como séries para adolescentes.

Através da série, pudemos perceber como a temática pode e deve ser tratada e conversada não somente com os adolescentes, mas também com adultos que querem entender como os jovens estão passando por essa complexa fase da vida.

Dentre muitos acertos e erros, ’13 Reasons Why’ consegue achar um equilíbrio consistente entre a linha tênue que é falar sobre suicídio e não apresentá-lo com uma tática efetiva para que as pessoas se livrem dos seus problemas.

Apesar de cenas intensas e fortes, a série demonstra com eficiência o que os jovens enfrentam em suas vidas, e como se sentem sozinhos. Debatendo temas polêmicos e difíceis de serem falados, “13 Reasons Why” exterioriza com maestria sentimentos tão comuns na adolescência, mas que são deixados de lado e não recebem seu devido valor.

Com uma excelente constância entre assuntos tão delicados, ’13 Reasons Why’ literalmente rasga as veias da imprescindibilidade de contatos humanos e da delicada fase da adolescência, onde trocamos os pés pelas mãos incansavelmente em busca de encontrar amigos ou um grupo no qual sentimos que pertencemos.

A segunda temporada da série, lançada no Netflix no dia 18 de maio, mostra o cenário caótico após 5 meses do suicídio de Hannah. E acima disso, de todos os abusos e sofrimentos que cada personagem enfrentou durante a primeira temporada.

Mais do que nunca, os criadores deixam evidenciados os relacionamentos tóxicos da escola Liberty. Muito acima de apenas uma temática de suicídio, ’13 Reasons Why’ mostra que cada um externa ao mundo o que tem dentro de si. Ao sentir o vazio de não poder mais confiar em ninguém, Hannah consegue projetar como realidade algumas coisas que não aconteceram como ela narra, mas sim como sentia.

A personagem é constantemente magoada por pessoas que vivem seus próprios dilemas e problemas. Algumas histórias secundárias possuem bases e raízes profundamente mais dolorosas do que as da protagonista, como o que acontece com Jéssica, ou até comportamentos que são impostos como comuns, mas que causam danos gigantescos para os outros, como o bullying feito com Tyler.

A história retrata o cenário do mundo como realmente é: como as mulheres se sentem após serem abusadas, seus agressores saindo impunes diante da situação, o uso de drogas como escapatória para a realidade amargurada, adolescentes sofrendo difamações e humilhações em frente a toda escola, a dificuldade em pedir ajuda para os pais ou outros adultos e os resultados psicológicos de cada uma dessas e tantas outras situações.

O resto da história é sobre como jovens, muitos jovens, talvez todos os de hoje, aprendem a se curar das coisas que os machucaram, para fazer um mundo que querem, não apenas o mundo que estão herdando. Acima de tudo, como cuidar uns dos outros.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece que o suicídio é um problema gravíssimo de saúde pública e que deve ser considerado uma prioridade global, além de ações estratégicas de prevenção serem necessárias — assim como a quebra de estigmas e tabus que rodeiam o assunto.

Após o lançamento da primeira temporada, o Centro de Valorização da Vida (CVV) notou um crescimento acentuado na quantidade de contatos com pedidos de ajuda, registrando um aumento de 445% nas ligações e uma alta de 170% nas visitas do website. “Eu me identifico com a Hannah”, contaram muitos deles.

Ao final de tanta repercussão, a série mostra como é necessário estar do lado dos jovens e apoiá-los durante essas fases obscuras da vida. É preciso valorizar e estar do lado deles, não importa o motivo do sofrimento: o que para alguns é apenas frescura, para outros é um gatilho para tirar a própria vida.

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