Quando perguntado o significado da palavra estresse para qualquer pessoa, possivelmente a resposta deverá ser parecida. Agora, quando o questionamento se pauta com o que a pessoa geralmente associa os seus momentos de desconforto é possível perceber uma série de origens diferentes (trabalho, trânsito etc.). Mas, na verdade, o estresse do qual costuma tanto se falar nem sempre acontece com a frequência que pode parecer.
Na matéria “Pegue Leve” da Revista Elle, produzida pela equipe de redação, especialistas comentam sobre o assunto e explicam como a relação entre o estresse e as pessoas acaba se desenvolvendo, e como fazer para que isto não aconteça. A começar pela psicóloga Kelly McGonigal, da universidade de Stanford e autora de um livro sobre o tema, que acredita que o incômodo problema acontece quando as pessoas focam os pensamentos no mesmo – justificando dores de cabeça, cansaço e outros diagnósticos, pelo estresse – fazendo com que ele, de fato, se desenvolva.
Em outras palavras, essa tensão se manifesta no organismo por culpa do próprio indivíduo, que tende sempre a afirmar que está com o problema quando sente qualquer tipo de desconforto. E nessa hora, o corpo responde produzindo a sensação indigesta (mas desejada pelos pensamentos).
O cirurgião plástico e mestre em Ioga, Rodrigo Duprat, analisa a situação por um outro ponto de vista, explicando a importância do estresse como senso de sobrevivência, no qual a sensação ativa os instintos de alerta do corpo humano. Para ele, a parte negativa ocorre quando essa sensação se torna constante e o organismo se mantém no estado de alerta sem descansar, provocando os tradicionais efeitos.
Após a definição do processo que o estimula, Zora Viana, terapeuta comportamental, e Rodrigo Fonseca, especialista no treinamento de inteligência emocional, indicam hábitos saudáveis que podem se tornar fonte de soluções para os momentos nos quais a crise de nervosismo atacar. Para Zora, é importante que a pessoa aprenda a enganar o próprio cérebro, através da diminuição da pressão que é depositada ao longo das atividades rotineiras, aliviando toda a energia mental envolvida com as ações. A terapeuta esclarece que quando tiramos o estresse do foco da situação, o corpo pode responder de maneira menos negativa e, assim, evitar outros problemas.
Para Kelly McGonigal, a ordem é aproximar-se de amigos e ambientes confortáveis para atingir a segurança emocional. Controlar a respiração e abraçar pessoas queridas também são estratégias extremamente eficazes para alívio da tensão.
Rodrigo Fonseca dá algumas dicas que podem funcionar em situações bastante comuns, como o estresse proveniente do ambiente de trabalho. Nesses casos, personalize suas dependências (sala, cubículo etc.) com fotos das últimas viagens, altere suas senhas padrões substituindo-as com o nome dos lugares em que pretende visitar, repetindo o exercício em todas outras ações possíveis. O presidente da SBie (Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional) conclui dizendo que a ideia é relaxar a mente, remetendo-a com momentos de felicidade e conforto.
Ainda na matéria, outras fontes são citadas e explicam como costumam se comportar para levar uma rotina leve, saudável e livre de períodos desagradáveis.
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