TDAH: diagnósticos pouco fundamentados podem levar crianças a ingerirem remédios em excesso

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© Depositphotos.com / julaszka As crianças que sofrem com o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDHA) precisam ter o apoio dos pais, fazer atividades físicas e estabelecer uma rotina organizada.

O transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), que aparece durante a infância e costuma acompanhar a pessoa durante toda vida, tem como principais características a desatenção, impulsividade e inquietude. Há alguns anos, o tema tem causado um debate que parece estar longe de um consenso entre a classe médica.

Leon Eisenberg, psiquiatra infantil e social, que é considerado o pai científico do TDAH, declarou pouco antes de morrer que o transtorno é uma doença fabricada e ressaltou que se faz necessário avaliar as razões psicossociais que podem desencadear o problema comportamental nas crianças, muito mais do que receitar pílulas.

Em uma reportagem publicada no “New York Times”, pesquisadores da Universidade de Duke questionaram se não existe um excesso de prescrição de remédios para o transtorno. Os cientistas afirmaram que os números do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) parecem indicar uma epidemia, mas, na realidade, trata-se de uma invenção para justificar um aumento na prescrição de remédios.

Em 2013, pesquisas apontaram que 15% das crianças americanas apresentavam a doença e que 3,5 milhões usavam medicamentos. Na década de 1990, esse número era de 600 mil – comprovando que o uso da medicação deu um salto gigantesco. Maria Aparecida Moysés, professora Pediatra da Unicamp, fez uma crítica para o jornal O Globo e disse que, no ano 2000, foram vendidas 71 mil caixas do medicamento no Brasil e, em 2009, esse número saltou para dois milhões.

O fato é que nem todos os indivíduos diagnosticados com TDAH precisam de medicamentos. O tratamento abrange psicoterapia estrutural e organizadora e é necessário envolver toda a dinâmica familiar durante o processo. A medicação deve ser introduzida apenas quando for necessário e é preciso buscar muita informação para que possa haver uma maior conscientização do problema. É comprovado que a terapia cognitiva comportamental traz resultados muito satisfatórios e, além disso, algumas simples ações podem ser muito eficientes para ajudar no tratamento:

Ações que podem ajudar no tratamento de TDAH

Apoio dos pais

Os pais precisam ficar atentos para não colocar em foco os comportamentos negativos relacionados ao Déficit de Atenção. É importante que a família busque sempre elogiar e reforçar os comportamentos positivos das crianças e estimular que essas ações sempre se repitam.

Estimular atividades físicas é fundamental

A prática de esportes e exercícios funciona como um remédio natural para o TDAH. Além de desenvolver as funções cerebrais que controlam a impulsividade e a hiperatividade, as atividades físicas liberam endorfina que acalma e traz uma sensação de bem-estar para a criança – regulando o humor e o prazer. Os exercícios físicos também são responsáveis pelo aumento dos níveis de dopamina, noradrenalina e serotonina – neurotransmissores que regulam a capacidade de foco, atenção e ativam os centros de recompensa do cérebro.

Estabelecimento uma rotina organizada

Regras e organização são fundamentais para uma rotina mais saudável. Ter uma hora estabelecida para comer, dormir, estudar e brincar é essencial. Assim como estimular que a criança organize suas coisas, já que a bagunça e a desordem podem contribuir para a distração. Evite deixar objetos espalhados pela casa e estabeleça locais específicos para os itens pessoais, brinquedos e material escolar.

Inteligência emocional pode ajudar?

Os pais precisam exercitar o autocontrole e isso pode ser feito através do desenvolvimento da Inteligência Emocional. Dessa maneira, será possível lidar melhor com o transtorno e, na medida do possível, converse com a criança sobre as suas emoções e como é possível aprender a controlá-las.

 

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