A personagem interpretada pela atriz Lília Cabral na novela Força do Querer, da Rede Globo, trouxe à tona um problema comum da sociedade, mas que não tem muita visibilidade: o vício em jogos. Na trama, exibida no horário nobre da emissora, Silvana é uma arquiteta viciada em poker — um problema que tem causado uma série de complicações familiares, financeiras e legais.
Assim como acontece na vida real, a arquiteta não consegue perceber que a situação é causada por uma doença, e nega veementemente ser viciada. Esse comportamento de negação é muito comum entre pessoas que desenvolvem algum tipo de compulsão: pessoas com esse perfil acreditam que podem parar a qualquer momento e pensam que seu hábito de jogar é apenas uma distração.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o problema como uma doença física e comportamental, enquanto o vício para a psicologia é um mecanismo de fuga emocional que o indivíduo utiliza para obter prazer e fugir de dores e problemas internos. Existem vários tipos de vício, sendo que cada um é prejudicial em diferentes proporções.
O que diferencia um hábito (hobby) de um vício é justamente o prejuízo que o comportamento acarreta na vida do indivíduo. Quando a relação da pessoa com algum tipo de jogo é patológica, ela passa a não ter mais controle sobre seus impulsos, o que afeta diversas áreas de sua vida: valores pessoais, relacionamentos, vida profissional e financeira.
Por que as pessoas se viciam?
Muitas pessoas encontram no vício em jogo uma válvula de escape para suprir um vazio emocional. Isso pode ser desencadeado por diversas razões:
- Baixa autoestima;
- Ansiedade;
- Carência afetiva;
- Solidão;
- Crescer em famílias disfuncionais.
Como se livrar do vício em jogos?
Procure ajuda
O primeiro passo é procurar a ajuda de um profissional e identificar as causas emocionais que geraram a compulsão. Questione a si mesmo quais são as emoções que disparam seu impulso para jogar. Ao fazer essa reflexão, tente encontrar alternativas para aliviar essa vontade e canalizar esse arroubo em ações positivas — como prática de exercícios físicos, meditação, leitura, contato com a natureza e o desenvolvimento do autoconhecimento.
Desenvolva a autopercepção
É importante desenvolver a autopercepção para descobrir o gatilho emocional que gera o descontrole. Isso permite identificar padrões que levam ao jogo e, assim, criar maneiras mais saudáveis de suprir as necessidades emocionais.
Desenvolva a Inteligência Emocional
A Inteligência Emocional é uma grande aliada para superar qualquer tipo de vício, descontrole e compulsão. Ao identificar a maneira como suas emoções agem na sua vida, é possível obter um controle maior sobre elas e evitar que vícios ou hábitos pouco saudáveis se instalem. Conheça o Método LOTUS, um treinamento de imersão que propõe o entendimento da raiz dos problemas que desencadeiam os desequilíbrios internos e geram doenças.