Em junho de 2017, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que autoriza a produção e comercialização (sob prescrição médica) de remédios compostos por substâncias inibidoras do apetite. Em 2011, esses medicamentos foram proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, mas a nova lei aprovada pela câmara e sancionada pela Presidência derrubou essa restrição.
Como os remédios para emagrecer agem no organismo
Substâncias como mazindol, femproporex e anfepramona são medicamentos anorexígenos, que atuam no sistema nervoso central e impedem a compulsão alimentar. Embora eles possam ajudar no emagrecimento, causam diversos efeitos colaterais sérios, tais como:
- Agitação;
- Depressão;
- Taquicardia;
- Irritabilidade;
- Dores de cabeça;
- Aumento da pressão sanguínea;
- Insônia;
- Alterações de humor;
- Psicose;
- Esquizofrenia;
- Síndrome do Pânico.
Relação entre as emoções e o aumento de peso
Os medicamentos inibidores de apetite geram dependência no usuário porque funcionam como uma espécie de muleta que o indivíduo utiliza para perder peso sem precisar fazer muitos esforços para modificar seus maus hábitos que levaram ao sobrepeso. Isso significa que, quando a medicação é suspensa, a compulsão naturalmente voltará a ser parte da rotina.
A utilização desse tipo de “freio” farmacológico para a compulsão alimentar pode ser um grande equívoco, especialmente se o indivíduo não estiver disposto a tratar das questões emocionais e psicológicas que geram os hábitos que levam à obesidade e, em consequência, o vício em inibidores de apetite.
Atitudes como mudar os hábitos que causam o sobrepeso, estabelecer uma rotina de exercícios e ter uma alimentação saudável são as únicas maneiras de atingir um peso adequado, sem gerar consequências para a saúde.
Vale lembrar que toda compulsão é caracterizada por hábitos específicos que se repetem com frequência e trazem graves prejuízos à vida da pessoa. Quem sofre com a compulsão alimentar desenvolve um mecanismo inconsciente, que possivelmente começou como uma forma de obter prazer imediato ou aliviar alguma dor emocional. Essa recompensa acaba reforçando a repetição e desenvolvendo a compulsão.
Como tratar o vício em remédios para emagrecer?
Para aprender a se controlar, é fundamental saber identificar e lidar com as próprias emoções por meio do desenvolvimento da Inteligência Emocional, uma vez que entender como seus gatilhos emocionais sabotam sua dieta é o primeiro passo para se livrar da fome emocional. Além disso, você pode adotar as seguintes atitudes:
Questione-se
Quais emoções disparam sua vontade de comer? Raiva, ansiedade, tédio ou quando se sente pressionado? Ao fazer essa reflexão, procure encontrar alternativas para aliviar esses sentimentos e canalizá-los em ações positivas como meditação, prática de exercícios, estar em contato com a natureza ou ler um bom livro.
Desenvolva a autopercepção
Perceber as situações que geram descontrole e descobrir o gatilho emocional relacionado a cada um de seus comportamentos permite a identificação de padrões que levam ao desenvolvimento de maus hábitos. Dessa forma, é possível criar maneiras mais saudáveis para suprir suas necessidades emocionais, utilizando alternativas práticas e traçando um plano de ação para uma rotina mais saudável e livre de medicamentos.
Desenvolva sua Inteligência Emocional
A Inteligência Emocional é uma aliada importante para quem deseja vencer qualquer tipo de descontrole, dependência ou compulsão. Ao desenvolver esta habilidade, é possível treinar suas emoções e a maneira como elas agem na sua vida. Conheça o Método LOTUS, um treinamento de imersão que propõe o entendimento da raiz dos problemas que desencadearam os desequilíbrios emocionais que se manifestam por meio de hábitos pouco saudáveis.